13 de ago. de 2007

Hoje penso diferente.




Tudo que escrevi no meu primeiro texto para esse blog representa um conjunto de opiniões emitidas naquela época. Hoje penso diferente, e não tenho medo de voltar atrás. Aquele foi um tempo de impressões ilusórias. Existiu sim, um certo quadro de burrice em todas as instâncias do curso, mas não foi generalizado. Hoje valorizo a idiotice preponderante, ela também foi necessária, a medida que nutria as nossas discussões.
O curso de Comunicação Social foi importante. Mudou minha forma de ver o mundo. Antes, minha tendência caminhava para o esquerdismo, tão presente no curso de História, através da interpretação equivocada sobre o materialismo histórico. De Pierre Levy a Jesus Martin-Barbero passei a conhecer uma forma mais lúcida, compreensiva sobre nossa época.
Muitas pessoas fora do grupo do CEU também tinham valor. Isso pude constatar depois, na convivência cotidiana do mercado. O grupo do CEU passava má impressão, empregava posições cáusticas sobre tudo, muitas vezes utilizando a crítica da crítica. Todos têm o direito de pensar e se posicionar da forma que bem entender. Nem sempre as opiniões contrárias vindas de fora eram idiotas. Por diversas vezes o grupo do CEU cometeu sandices através de comparações equivocadas, análises precipitadas (julgar um autor por uma obra apenas) e etc. Até mesmo algumas beldades foram condenadas pela roupa bonita ou da moda que usavam. Todos esses erros soavam como cabotinagem para os de fora, e infelizmente para alguns do grupo servia como doutrinamento. Assumo parte dessa culpa.
A minha situação atual de homem de mercado me faz crer na necessidade de se conviver bem com todos, e que diversidade sugere riqueza. O grupo do CEU mesmo tendo encampado diversas arenas, tendia a homogeneizar conceitos e opiniões.
O CEU foi importante, maravilhoso seria exagero.
Não quero travar embates lembrando questiúnculas do passado. Pretendo participar refletindo ricamente. O meu texto anterior foi apenas um ponto de partida.
Emílio Gusmão.

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