24 de set. de 2007

Muitas Histórias

Realmente, as vezes a nostalgia é um sentimento muito gostoso. Por onde anda Paulinho? Nosso anfitrião nipônico, fiel depositário do tabuleiro de xadrez do DCE. Uma figura muito especial, que foi injustamente retirado do "CEU", quando a cantina da UESC saiu da esfera de controle do movimento estudantil. Depois da saída de Paulinho, foi feito da cantina do "CEU" um verdadeiro "Inferno", no mal sentido é claro, com sucessivas mudanças de administração que não se igualavam em qualidade e simpatia com a do nosso estimado amigo.

Neste glorioso palco, lembro-me com saudades dos duelos orquestrados pelos mestres Márcio Fabrício e Rafael, que se degladiavam em belíssimas partidas de xadrez, frente a uma pláteia atenta, e, por muitas vezes, parcial, deixando escapar entre dentes alguma dica, muito embora nem sempre a melhor jogada. A expressão "O melhor de Itabuna de todos os tempos" foi sempre uma incógnita pra mim, não tendo segurança para oferecer um palpite mesmo depois de passados tantos anos.

Também me vém a memória o "Inferninho", nos primórdios do seu movimento, quando ainda era um "buteco" onde íamos afogar nosso cansaço da semana, flertar e brincar com os amigos. Quem não se lembra que depois do sucesso da primeira versão, o nosso dileto amigo, sucessor do homenageado Manoel Nabuco, "Missinho", transformou aquele humilde buteco de madeira no imponente "Infernão", mais badalado espaço Universitário do Sul da Bahia.

Também recordo-me do hoje irmão Saul, diga-se de passagem, totalmente recuperado, participando das Assembléias articuladas pelos "Bárbaros", na cabruca localizada na região posterior à Torre Administrativa. Que saudades, as assembléias eram permeadas por diálogos profundos e discussões filosóficas, as vezes com uma dezena de participantes.

Hoje, estamos todos espalhados, com uma distância cruel, quem nem assim, consegue deletar da mente os muitos instantes de profunda convivência, troca de experiências, amizade sincera e companheirismo, muito difíceis de serem reproduzidos. Prefiro não citar nomes, pois a memória pode ser ingrata depois de algum tempo, podendo cometer injustiças, mas um grande abraço a todos que participaram desse episódio da minha vida, que vai ter sempre um lugar especial no cantinho reservado às boas recordações.

Rodrigo Leal


5 comentários:

Emílio Gusmão disse...

Meu amigo Rodrigo, sempre muito cortês.
Que época boa nós vivemos lá! Hoje quando passo pelo Ceu, nas minhas raras idas a UESC, involuntariamente passo o olhar na esperança de encontrar um conhecido.
Infelizmente...
Um forte abraço

Anônimo disse...

É um grande prazer voltar a ter contato com meus eternos amigos da UESC. Emílio não te esqueço meu velho, um grande abraço do seu amigo.

Anônimo disse...

Qeu legal ler seu texto Rodrigo! Nossos anos na UESC foram muito legais, sorte encontrar essa identificação com jovens que olhavam pra vida de uma maneira diferente da habitual. Que a vida nos reserve alguns encontros, pra chopp, conversa fiada ou que sabe uma assembléia extraordinária! rsrs
abraço a todos

Fugitivo tardio disse...

RRRodrigão! Bom vê-lo por aqui! Quanta coisa vivemos ali... sinto muita falta daqueles dias. Cara, estive na UESC há uns meses atrás, depois de muito tempo. Perambulei sozinho pelo CEU, sentei por uns instantes no bosque... não encontrei ninguém. mas foi como se tivesse encontrado.

Abraço!

Anônimo disse...

Poxa Rodrigão,
Aqui de um pouco distante me vieram tantas lembranças...tão bom ler o carinho com que você retrata aqueles tempos. Não sei quando terei a oportunidade de voltar a UESC, mas com certeza a vejo como antes, sei que não deve estar, contudo não consigo tirar da memória todas as coisas que vivemos ali. Eu principalmente, que estudei e trabalhei naquele pedaço da Mata Atlântica.
Ps.: Vi uma foto sua com Maria e Renata no São João/2008. O máximo...rs...
Abraços,